terça-feira, 21 de julho de 2015

Época da reprodução da Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) na Costa de Cascais

A época de reprodução da Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) começa em Abril, com a formação dos casais e a construção do ninho. Nesta fotografia podemos observar um progenitor a levar material para construir o seu ninho num local acolhedor nos calcários da Costa de Cascais.
Estas fotografias são do dia 14 de Maio 2015, e nelas podemos ver um progenitor as chocar os ovos que neste caso são três. A postura começa mais ou menos no início de Maio.
Este casal escolheu o mesmo local de anos anteriores e não tem qualquer protecção, por isso está com o bico aberto por causa do calor que se faz sentir por esta altura.
No dia 30 de Maio de 2015 já observei duas crias, como se pode observar nesta fotografia uma pequena cria debaixo da asa de um dos progenitores.
Da postura normal de três ovos, só dois é que eclodiram este permaneceu assim durante vários dias até desaparecer do local.
Nesta fotografia podemos observar duas crias, sempre com um progenitor presente.
Enquanto um progenitor toma conta das crias, estando sempre muito próximo delas o outro vai patrulhando o local para afugentar qualquer indivíduo que se aproxime do ninho.
No dia 18 de Junho 2015 observei só uma cria, não sei o que se terá passado com a outra. Esta cria estava bem alimentada e já devia ter mais ou menos três semanas de vida.
A cria com mais uma semana no dia 25 de Junho de 2015.
A cria no dia 9 de Julho de 2015 com mais ou menos 6 semanas, já do tamanho dos progenitores e pronta para fazer o seu primeiro voo em breve.
Aqui a cria já saiu do ninho, dando os seus primeiros voos para explorar o local tomando conhecimento da sua nova realidade.
Nesta época de reprodução o que me chamou à atenção foi o reduzido numero de crias que saíram dos três ninhos que observei no local, em ambos os ninhos os progenitores só conseguiram criar um juvenil com sucesso, não sei qual a razão para esta situação acontecer, provavelmente a pressão humana que se faz sentir no local, as alterações climáticas que estão a aquecer o oceano e tenham efeito na sua produtividade não havendo alimento suficiente para criar duas a três crias como é normal em anos anteriores.