Birding Cascais: agosto 2022

Este Domingo ao meio dia quando regressava a casa observei por uns segundos uma ave de rapina, que na altura me pareceu um Bútio-d`asa-redonda (Buteo buteo), mas agora em casa parando a imagem do pequeno vídeo, parece um Vespeiro-europeu (Pernis apivorus) que sobrevoou o Bairro do Rosário no sentido da Torre.

É a minha primeira observação desta espécie.

Depois de alguns anos (2018) sem observar esta espécie Papa-figos (Oriolus oriolus), em parte devido à pandemia Covid-19, este Sábado observei dois indivíduos juvenis pousados perto das figueiras.

Ontem no final da tarde observei esta Galheta (Phalacrocorax aristotelis) a descansar numa rocha perto da Ponta da Maceira.

A anilha parece ser PCS, assim que tiver mais pormenores atualizo a informação.

Este vídeo é do dia 30 de Julho, e como podemos verificar já não tem nenhum juvenil no ninho, uma vez que só pude visitar novamente o local nesta data porque o estado de contingência encerrou a Serra de Sintra devido ao perigo de incêndio nessa altura. Por um lado foi mau porque não deu para observar as crias já voadoras, mas por outro foi mais positivo para o casal uma vez que tiveram mais tranquilidade para criar as três crias sem o ser humano por perto.

No 9 de Julho as crias estavam já bem crescidas.

Depois de algum tempo sem observar esta espécie Açor (Accipiter gentilis) na Serra de Sintra e pelos segundos que pude observar, parece um juvenil, talvez tenha nidificado nesta zona, porque vai longe o tempo em que observava a época completa de um casal, que foi sendo "expulso" tanto pelo ICNF com a limpeza de várias zonas sensíveis para a sua reprodução assim como Cascais Ambiente com a Quinta do Pisão que por um lado é espetacular para a sensibilização ambiental e educação para a sustentabilidade no entanto com o desmatamento e com cada vez mais caminhos e pessoas na serra acabam por prejudicar esta sensível espécie que nidificada na zona e agora é uma espécie um pouco difícil de observar.

No ano 2014 e 2017 foram os últimos anos em que observei os ninhos com crias, agora nem ninhos nem crias.

NOTA: esta espécie está classificada como "Vulnerável segundo o Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal", no entanto no Parque Natural de Sintra Cascais cada vez tem mais pressão humana, as aves de rapina cada vez têm menos espaço para nidificar e apanhar as suas presas para poderem sobreviver.

Esta bonita Gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) tem fios de pesca enrolados a uma das patas.

É triste observar este tipo de situações nas aves marinhas que são prejudicadas pelo ser humano que não tem o devido cuidado com as artes de pesca, como podemos observar ao longo dos chamados pesqueiros em que o lixo abunda deixado pelos supostos pescadores.

Em 2016 já tinha alertado para este comportamento.